terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Êxodo 6: 8-30, 7, 8: 1-15 – Festival de magia fedorenta

Moisés aborrecia-se porque o SENHOR mandava recados aos filhos de Israel, que não ligavam nenhuma. E de facto corriam rumores sobre a sanidade mental de Moisés, sendo as conversas maldizentes muito populares entre lavadeiras hebraicas e egípcias.

Um dia, Moisés disse ao SENHOR:
– Também eu sou incircunciso de lábios.
– Rapaz, quando isto acabar temos de ir tomar uns copos. Andas muito tenso. Quem é que se vira e diz "também eu sou incircunciso de lábios"? É por isso que não te levam a sério.
Moisés corou, achincalhado.

Depois o SENHOR falou com Moisés e Arão e ordenou-lhes mais uma vez que libertassem os filhos de Israel da servidão do Egipto.

E Moisés pôs-se a recitar os filhos de Ruben, Simão, Levi, Gerson, Coate, Merari, sem esquecer Anrão que se reproduziu com a própria tia, Joquebede, e os filhos de Arão, Izar, Uziel, Corá, Eleazar, Putiel:
– Putiel, ora aí está um belo nome.
– CALA-TE! - Irou-se o SENHOR. – Vai já buscar Arão e vão libertar os filhos de Israel.
– Mas, SENHOR, sou incircunciso de lábios; como me ouvirá o faraó?

E o SENHOR, controlando a exasperação, voltou a explicar o esquema das três bocas e voltou a prometer endurecer o coração do faraó, para dificultar a libertação dos filhos de Israel, tornando-a espalhafatosa na concretização.

E lá foram Moisés, então com 80 anos, e Arão, então com 83, falar ao faraó, segundo o esquema pensado pelo SENHOR. Arão transformou o faraó numa serpente, seguindo os ensinamentos do SENHOR. O faraó chamou os seus mágicos e todos passaram uma bela tarde transformando-se uns aos outros em animais. E riram muito e parecia nascer entre todos uma nova amizade, quando o faraó se pôs de pé e disse que se tinha divertido muito mas que, mesmo assim, não ia deixar partir os filhos de Israel, pois precisava deles para fazerem à borla trabalhos que mais ninguém queria fazer.

Então o SENHOR mandou Moisés e Arão transformar as águas do Egipto em sangue. E assim fizeram, e foi um fedor a sangue e a peixe podre.

Passaram-se sete dias com as águas feitas em sangue e Moisés, a mando do SENHOR, foi ter com o faraó levando um peixe embrulhado num jornal:
– Temos mais habilidades como esta. – Disse, dando um piparote no jornal que tinha sobre os joelhos. – Se não libertas os filhos de Israel, faremos chover rãs.

E o faraó, obstinado, cruzou os braços e recusou ceder às ameaças, e desataram a chover rãs. Os magos do faraó, não querendo ficar atrás do SENHOR, ainda fizeram chover mais rãs.



– Isto é um nojo pegado. -Disse o faraó a Moisés, interrompendo-se para tirar uma perninha de rã de entre os dentes. – Se nos libertarem das rãs, poderão ir embora.
Moisés contou isto ao SENHOR e o SENHOR matou todas as rãs e o Egipto cheirou muito mal. O faraó, vendo que estava resolvido o problema das rãs, disse que afinal não deixava ir os filhos de Israel.
– Mas prometeste! - Protestou Moisés.
– 1 de Abril, 1 de Abril! - Riu-se o faraó.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nos idos tempos do medievalismo compreende-se que a bíblia fosse um sucesso, porque quem escreveu estas historietas só pode ter sido a JK Rowling (devidamente adaptado por ti), quando ainda era relativamente nova.
"1 de Abril, 1 de Abril!"ahahahahah